Livro: O céu da meia-noite
Autor: Lily Brooks-Dalton
Editora Morro Branco 280 páginas
"Em seus melhores dias, a tela em branco ao redor o acalmava; nos piores, se via contemplando a loucura. A paisagem não se importava com ele e não havia outro lugar para ir. Ele ainda não sabia que tipo de dia era hoje."
A maior herança é a lembrança. Boas e ruins. Acredito nisso. E tanto o livro quanto o filme passaram isso pra mim.
O livro “O céu da meia-noite” gira em torno do cientista Augustine, um último remanescente na terra (devastada por um problema não explícito), autor do projeto que identificou que seria a lua K-23 de Júpiter, poderia ser um dos únicos lugares fora da terra, habitáveis para a humanidade.
Dr. Augustine trabalha em uma base isolada no ártico e decide ficar sozinho após uma evacuação geral. Não havia comunicação com o resto do mundo. Tudo estava mudo, calmo e silencioso. Mas Augie não se importava, estava acostumado com a solidão de uma vida dedicada a observar as estrelas.
Mas tudo muda quando Augie, percebe que uma criança foi deixada para trás e, na solidão gélida, acabam construindo um relacionamento.
Os capítulos são intercalados. Um é dedicado a vida de Augie na terra, observando o espaço, e outro mostra a rotina da equipe de astronautas, achando todo aquele silêncio da Terra muito estranho após 4 anos sozinhos no espaço.
Durante a história, passamos a compreender cada vez mais os personagens através de seus fluxos de consciência. Lemos a mente de Augie e dos astronautas, que reconstroem suas vidas, refletem sobre suas escolhas e pensam nas outras possibilidades.
Considero o livro melhor, pois achei o filme muito lento, com adaptações desnecessárias. Mas trocaria o finalzinho do livro pelo o do filme. George Clooney me deixou aos prantos.
Filme: O céu da meia-noite
Direção: George Clooney
Roteiro: Mark L. Smith
Lançamento: 2020
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